Participei ontem à noite (10/2) do ato em homenagem ao 34o. Aniversário do PT, no Auditório Celso Furtado em São Paulo.
Fui o único presidente de partido, além de Rui Falcão do PT, a participar da mesa do evento. Estavam presentes os dirigentes do Partido dos Trabalhadores e a própria presidenta da República, Dilma Rousseff.
Fiz um resgate da historia recente do Brasil, mostrando que o Golpe Militar de 64, que agora completa 50 anos, foi a forma que as forças reacionárias e conservadoras do país — vinculadas ao imperialismo estadunidense — encontraram para barrar o crescimento do movimento patriótico e democrático que se desenvolvia naquela época sob o governo de João Goulart.
Foram duas décadas de regime militar contra as liberdades e a democracia. A luta popular foi retomada e em meados da década de 1980 — com três importantes bandeiras de luta; o fim dos atos e leis de exceção, a anistia ampla geral e irrestrita e a constituinte livre e soberana conquistamos o retorno à democracia.
Nesta trajetória o Partido dos Trabalhadores jogou importante papel, surgindo como organização política na retomada do movimento democrático, tendo como ponto alto a conquista junto com outras forças progressistas e o PCdoB, em 2002, a vitória na campanha pela presidência da República com a eleição de Lula.
Também lembrei que a presidenta Dilma foi uma das resistentes à Ditadura, sendo presa e torturada em função de sua participação na luta pelas liberdades e a democracia.
Hoje, retomamos aquelas bandeiras que foram rasgadas pelo Golpe de 64. Levantamos a plataforma das reformas estruturais no Brasil, para alavancarmos a construção de um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento soberano, com distribuição de renda e com uma verdadeira integração do território nacional.
O evento contou com cerca duas mil pessoas, entre deputados federais, estaduais, senadores, dirigentes partidários, presidentes dos diretórios estaduais e teve a cantora Negra Li como mestre de cerimônia. Impossibilitado de estar presente no ato, o ex-presidente Lula enviou um vídeo que foi transmitido durante o evento. “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente”, disse, referindo se à uma carta escrita pelo cartunista Henfil nos primeiros anos de Partido dos Trabalhadores.
“Se alguém pedisse uma definição do PT, eu diria que o nosso partido é um persistente, cuidadoso, semeador de oportunidades do trabalhador brasileiro e semeador do futuro. Essa é a marca do nosso partido e tem sido a essência do nosso governo”. Com essas palavras, a presidenta Dilma Rousseff abriu seu discurso. Segundo ela, quando o PT nasceu, há 34 anos, havia ainda ar da ditadura e o Brasil era um País imensamente desigual. “Naquele dez de fevereiro em que hoje nós comemoramos 34 anos, o PT fez várias promessas de poder lutar por mais democracia, mais justiça social, mais liberdade e, sobretudo, por menos desigualdade. Onze anos atrás quando o PT assumiu a presidência, Lula prometeu diminuir a desigualdade, transformar o Brasil em um País de oportunidades para todos os brasileiros, em especial àqueles mais pobres. Quando eu tomei posse, eu prometi continuar a consolidar pelo esforço do povo brasileiro. (…) Agora o Brasil é muito justo, mais forte e soberano do que era somente há doze anos atrás, não teve a semeadura, não porque a semente era boa, mas porque a semente sem semear era ainda melhor. Os brasileiros e as brasileiras quando tem a oportunidade são insuperáveis”, frisou Dilma. Dilma também lembrou os velhos desafios impostos. “Há 34 anos diziam que era improvável construir no Brasil um partido dos trabalhadores. Anos depois era impossível um operário ser presidente da republica. Nós lembramos bem disso. Mais adiante afirmaram que uma mulher não teria condições de chegar”. Segunda Dilma, que crítica não entende o que representa a menor taxa de desemprego do mundo e que o salario mínimo brasileiro tem o poder de compra real de 70%. “As conquistas asseguradas, cada obra realizada, os serviços públicos melhorados (…) Eu acredito nisso (…) A verdade é que nós é que não nos conformamos, não somos paralisados, nós não paramos. Nós sempre seguimos em frente e à frente. (…) O meu governo possui um compromisso com os brasileiros , com as familiais brasileiras para oferecer sempre mais, mais oportunidade, oportunidades que garantam o surgimento de uma nação desenvolvida e rica”, disse.
A presidenta Dilma encerrou seu pronunciamento homenageado toda a militância petista. “Eu encerro a minha fala homenageando a raiz disso tudo, homenageando a nossa brava e dedicada militância do Partido dos Trabalhadores e das trabalhadoras. Ela que sempre esteve presente, sobretudo nos momentos mais difíceis, homenageando a sua coragem de luta. Homenageamos essa militância sempre solidária, solidária com todos aqueles que concorrem aos cargos, mas solidária (…) Todos nós que batalhamos por nosso país e temos a estrela, estaremos sempre aqui para construir o futuro e semear oportunidades. Viva o PT, viva o Brasil, viva a militância”, concluiu a presidenta.

[…] com o post publicado no blog do presidente do PCdoB, Renato Rabelo, sobre sua participação no ato dos 34 anos do […]
CurtirCurtir