Dilma destaca parceria com movimentos sociais do campo para avanços no setor


A presidenta Dilma Rousseff recebeu, na manhã de quinta-feira (28), o apoio de trabalhadores e trabalhadoras rurais vinculados à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em Brasília. Dilma reconheceu a importância dos movimentos sociais do campo para a consolidação de políticas públicas que ampliam as oportunidades das populações que antes eram praticamente invisíveis às iniciativas do Estado.

Entre os avanços mencionados pela presidenta estão o dispositivo do Código Florestal que determina que as menores propriedades devem oferecer menos terras à proteção, garantindo a capacidade produtiva e a renda do produtor, além de lembrar  do programa  Minha Casa Minha Vida Rural, que já contratou 135 mil moradias; do Pronaf Mulher, um  reconhecimento do papel das agricultoras; o programa nacional de documentação, que trouxe para a cidadania mais de um milhão de pessoas no campo; e especialmente a Reforma Agrária, que já assentou 771 mil famílias nos últimos 12 anos, ocupando 56 milhões de hectares – área equivalente à soma dos estados do Ceará e Mato Grosso do Sul.

“Praticamos a maior política de Reforma Agrária e acesso à terra. Mas não é só distribuir terra, como antes porque o assentado não pode ter só a distribuição de terra. Ele precisa de outras medidas para não ficar abandonado à própria sorte ou às pressões do mercado. Ele tem de ter linha de credito especifica, apoio técnico, acesso a máquinas e equipamentos”, destacou.

A presidenta Dilma completou ao afirmar: “Demos um passo com a nova sistemática de crédito para famílias da Reforma Agrária, baseada em ciclos progressivos. Recebe credito para instalar-se e progressivamente para investir na propriedade. Isso é reforma agraria sustentável. Não podemos alimentar reforma sem garantir condições de renda e cidadania para o assentado”.

Propostas
Durante o encontro, a presidenta Dilma Rousseff recebeu do presidente da Contag, Alberto Broch, as 13 propostas elaboradas pela confederação em fóruns de debate realizados anteriormente, em todo o País. Broch reconheceu os avanços alcançados durante os governos petistas e destacou que os trabalhadores e trabalhadoras da Contag estão ao lado de Dilma na campanha pela reeleição. “Nos orgulhamos das políticas públicas que conquistamos. Fortalecimento do Pronaf, garantia de compras governamentais, PNAE, PAA, Luz para Todos, Água para Todos, fortalecimento da agricultura familiar”, afirmou.

O presidente da Contag destacou o avanço na disponibilidade de recursos para a agricultura familiar, que saltou de pouco mais de R$ 5 bilhões para mais de R$ 30 bilhões. “O governo tem a compreensão política de dialogar. Sou de um tempo em que precisávamos trancar estradas para ter audiência. Hoje, nos sentamos com mais de 15 ministros em uma semana, negociando políticas públicas”, lembrou.

E a presidenta completou: “De uma certa forma, é como mostramos no meu programa eleitoral, muitos brasileiros eram invisíveis, não eram vistos”.

Mais avanços
A presidenta Dilma falou sobre a importância da agroecologia para levar sustentabilidade ao campo e reduzir o consumo de agrotóxicos; sobre a instalação de um milhão de cisternas no Semiárido nordestino, que levou dignidade às famílias e fortaleceu a produção, destacando ainda as políticas de compra do governo, para aquisição de produtos oriundos da agricultura familiar e até a conformação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

“A agricultura familiar precisa de assistência técnica. Juntos fizemos a Anater e juntos temos de transformá-la, daqui para frente, no maior e melhor instrumento de garantir que a produtividade da agricultura familiar se eleve cada vez mais, aumentando renda e garantindo que atraia para o campo o jovem que antes saia sistematicamente”, afirmou Dilma. A presidenta também comentou temas como cooperativismo e a importância de um marco regulatório para essa atividade; sobre a formalização da situação de emprego dos agricultores e o combate à violência no campo e à impunidade.

Dilma convocou os trabalhadores e trabalhadoras rurais a mostrar a verdade, o que foi feito pelo governo federal em benefício do País e combater o pessimismo que alguns tentam instalar no País. “Temos um objetivo comum: dar aos nossos filhos uma vida melhor do que tivemos. Essa geração de agora, depois desses 12 anos com o presidente Lula e comigo. É uma geração que não conheceu a fome e a seca, aquela seca que deixava homens e mulheres tão desesperados que invadiam feiras e supermercados. O apoio de vocês me distingue e me honra”, concluiu Dilma.

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