Cerca de 500 militantes comunistas de todas as regiões do estado participam no Colégio Estadual Central, em Belo Horizonte, da 17ª Conferência do PCdoB-Minas Gerais. A solenidade de abertura contou com a presença do governador do estado Fernando Pimentel; do vice-prefeito de BH, Paulo Lamac e do prefeito de Betim, Vittorio Medioli. A conferência recebeu o nome de Gilse Cosenza, em homenagem à militante comunista que faleceu no último mês de maio, aos 73 anos
Fernando Pimentel lembrou os tempos de quando estudava no colégio onde está sendo realizada a Conferência
Também participaram o vice-presidente nacional do PCdoB, Walter Sorrentino; o presidente estadual do PCdoB-Minas, Wadson Ribeiro; a deputada federal, Jô Moraes; o líder da bancada comunista na Assembleia Legislativa, Celinho do Sinttrocel; a presidenta estadual do PT, Cida de Jesus; o presidente estadual do PSDC, Alessandro Marques; a presidenta do Sinpro-Minas e da CTB-Minas, Valéria Morato; além de prefeitos, vices e vereadores comunista mineiros.
Homenageado com a comenda Gilse Cosenza – honraria concedida a personalidades que atuaram ou atuam na defesa da democracia –, Pimentel relembrou o início de sua militância no movimento estudantil. Ex-aluno do Estadual Central, o governador contou que durante as grandes jornadas estudantis realizadas em todo o país após o assassinato do estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto, em 1968, ele um grupo de alunos ocuparam o colégio e o auditório em protesto contra a ditadura militar.
“Enquanto eu ouvia as falas e olhava o auditório pensei uma coisa interessante. Se em 1968 eu saísse por aquela porta e alguém me falasse: ‘Prepare-se porque daqui a 49 anos você vai voltar aqui como governador de Estado, vai receber uma homenagem com o nome da Gilse Cosenza e vai participar de uma conferência do Partido Comunista do Brasil’ eu diria que essa pessoa era doida. Quero compartilhar com vocês essa alegria e essa emoção”.
Pimentel falou ainda que a mesma esperança que movia os estudantes na luta contra o regime militar continua a inspirar as lutas de hoje. “É essa esperança que nós vamos renovar e reforçar no povo brasileiro no ano que vem. Temos uma batalha democrática no ano que vem e nós podemos reverter o golpe que foi lançado sobre o povo brasileiro. Tenho certeza que o Partido Comunista do Brasil pensa como eu e é por isso que estamos juntos aqui hoje”.
O presidente estadual do PCdoB, Wadson Ribeiro, saudou a militância envolvida no processo de conferência do Partido – que envolveu mais de 200 municípios mineiros. “Realizamos um debate muito importante interno elegendo novas direções municipais e discutindo o cenário político do Brasil. O PCdoB valoriza muito esse momento de debate da nossa estruturação e da nossa política partidária. Em Minas temos muito orgulho de contar com a presença de um governador de Estado e, principalmente, atuando diretamente da construção desse governo”.
A deputada federal e pré-candidata do PCdoB ao Senado Federal, Jô Moraes, ressaltou que esta é a conferência mais participativa e organizada que os comunistas mineiros realizaram. “O sucesso dessa conferência aponta o exercício da participação popular e da nossa democracia. No marco dos 100 anos da Revolução Russa nós provamos a importância da construção de um partido revolucionário e comprometido com as causas do povo brasileiro”.
Além de reconduzir o ouvidor-geral do Estado, Wadson Ribeiro, à presidência estadual do PCdoB, a 17ª Conferência irá aprovar o projeto do Partido para as eleições de 2018. Nacionalmente, o encontro irá referendar o lançamento de uma candidatura própria dos comunistas para Presidência da República. “Em Minas, nosso compromisso é reeleger o governador Fernando Pimentel e eleger a deputada Jô Moraes para o Senado Federal”, explica o dirigente estadual.
O PCdoB também irá se mobilizar em todas as regiões do estado para a eleição de Wadson Ribeiro para a Câmara Federal. O projeto do partido para o Legislativo Estadual indica a manutenção dos três mandatos de deputados estaduais com chances de crescimento de mais uma cadeira.
De Belo Horizonte,
Mariana Viel