Júlio Lima um grande amigo e camarada, nos deixou hoje à 7h15min vítima da covid. Estava há alguns dias no INCOR lutando contra a doença e não resistiu.
Ele completaria 73 anos, no dia 23 de março.
Júlio ingressou no partido quando estudava engenharia na Universidade Federal do Ceará
Foi um grande militante do PCdoB, quem ele chamava carinhosamente de glorioso.
Preso e barbaramente torturado na ditadura, resistiu bravamente, saiu da prisão sem sequer que os torturadores soubessem seu nome verdadeiro.
Mudou-se para São Paulo, onde se casou com Ester e tem 3 filhos, Lucas, Anita e Pablo.
Em São Paulo, continuou na luta e ainda militando no partido. Fundou com outros comunista a APPD – Associação dos Profissionais em Processamento de Dados do estado de São Paulo, que deu origem ao SINDPD. Foi um grande pilar na criação e formação do movimento brasil informática no começo dos anos 80. Foi do Conselho Nacional de Informática.
Tudo que é luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, ele era parte entusiasmada.
Foi dirigente do partido na capital, no distrital do centro.
Quando Nádia Campeão foi secretária de esporte foi o administrador do autódromo de interlagos.
Júlio nunca abandonou a luta e a militância.
Era um amigo querido, solidário, afetuoso. Gostava de uma boa cachaça, uma boa comida. Fumante inveterado. Amava uma boa música e dar boas gargalhadas.
Inteligente e culto, a convivência com ele era sempre estimulante e as conversas eram sempre interessantes e ajudavam a pensar e a crescer não só a consciência, mas também a esperança de um país melhor para todos.
Júlio era um grande camarada e um amigo querido para todos que tiveram o privilégio de conviver com ele. Um grande conciliador e um comunista convicto e temperado na luta.
Como dizia o poeta: Júlio não morreu, ele se encantou. Júlio estará sempre presente em qualquer luta, em qualquer manifestação, em todas as reuniões do PCdoB, partido a que ele se dedicou por grande parte da sua vida.
Júlio presente.
Julio, presente!
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