Nivaldo Santana: CTB prepara seu 5º Congresso


A CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – realizará de 12 a 14 de agosto próximos o seu quinto congresso nacional. Devido à pandemia, este será o primeiro congresso virtual da Central. Está prevista a participação de três mil delegados de todas as unidades da Federação.

Antecedendo o evento nacional, todos os Estados realizarão os seus congressos regionais. Para qualificar a reflexão sobre temas contemporâneos do sindicalismo, serão realizados debates preparatórios, todos eles virtuais, nas manhãs das quintas-feiras, com a seguinte programação:

08 de abril:  Pré-Lançamento – 5° Congresso da CTB – “Esperançar o Brasil – Pela Vida, Democracia, Soberania”

15 de abril: Saúde e Segurança do Trabalho

2 de abril: Organização e Estrutura Sindical – PEC 196-20

29 de abril: A centralidade das Empresas Públicas para o Desenvolvimento Nacional

06 de maio: Juventude e Mercado de Trabalho

13 de maio:  Da Reforma Sindical ao Decreto de Simplificação da Legislação Trabalhista

20 de maio: O Sistema Único de Saúde e a Proteção Social

10 de junho: Agenda da Classe Trabalhadora e a Reforma Administrativa

17 de junho: Desafios do PARSS e o desenvolvimento Nacional

24 de junho: A pandemia a Nova Morfologia do Trabalho

01 de julho: Mulher e Poder

07 de julho: Conservadorismo e Neofascismo no Brasil.

 A plenária final do Congresso, em agosto, discutirá e aprovará resoluções sobre a conjuntura internacional e nacional, balanço da atuação da Central nos últimos quatro anos, plano de lutas e eleição da nova direção.

O principal documento do Congresso define as linhas mestras que orientará a atuação da CTB para o próximo período. Na parte internacional, é analisada a crise do capitalismo no mundo, iniciada em 2008, agravada com os efeitos devastadores da pandemia da Covid 19.

A crise acelera um processo de profundas mudanças em curso na geopolítica mundial, com o declínio progressivo da hegemonia americana e a ascensão da China. O mundo vive uma transição para o multilateralismo.

Na América Latina, depois de um período de avanço do conservadorismo, já se vê o ressurgimento de uma nova onda progressista. Vitórias eleitorais no México, na Argentina, na Bolívia e no primeiro turno do Equador, resistência firme de Cuba, Venezuela e Nicarágua, vitória do plebiscito em defesa de uma nova Constituição no Chile, entre outras.

Ao tratar do Brasil, o documento assinala que a tarefa central da CTB é lutar pela união de amplas forças sociais e políticas para enfrentar e derrotar o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, principal responsável pela tragédia sanitária, social e econômica que vive o país.

Também importante é a proposta para que o congresso da CTB reafirme a unidade do sindicalismo brasileiro, cuja melhor expressão é o Fórum das Centrais Sindicais. Este fórum tem uma agenda que serve de baliza para a atuação do sindicalismo brasileiro na atual conjuntura: vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600,00 enquanto houver pandemia, políticas de proteção e geração de emprego, solidariedade aos segmentos sociais mais vulneráveis e luta pela valorização e fortalecimento dos sindicatos.

Outra pauta importante do Congresso será a unificação da CTB com a CGTB. A união das duas centrais representará um salto de qualidade no movimento sindical brasileiro. Juntando forças e fortalecendo o sindicalismo de orientação classista, a CTB revigorada terá melhores condições de ocupar um papel protagonista e unitário no sindicalismo nacional.

Por último, a nova direção a ser eleita terá como tarefa central somar forças com amplos segmentos sociais e políticos do país para derrotar o atual desgoverno de Bolsonaro e abrir um novo rumo para o país, com democracia, soberania, desenvolvimento e valorização do trabalho.

(*) Secretário Sindical Nacional do PCdoB e secretário de Relações Internacionais da CTB  

O que você achou desta matéria?

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.