PCdoB promove visita à embaixada da Síria


A Secretária de Relações Internacionais do PCdoB, Ana Maria Prestes, conduziu uma visita à embaixada da República Árabe da Síria, que é considerada uma das civilizações mais antigas do mundo. Damasco, Patrimônio Mundial da Unesco, é sua capital. As relações diplomáticas entre a Síria e o Brasil foram estabelecidas em 1945, e a Legação brasileira na capital síria foi inaugurada em 1951, sendo elevada à nível de Embaixada dez anos depois.

A visita se revestiu de importância especial na medida em que com a posse do presidente Luís Inácio Lula da Silva, a posição do Brasil retomou o seu caminho anterior ao Governo de Jair Bolsonaro, de respeito à soberania e em defesa da paz na região do Oriente Médio. Ao contrário, durante o governo encerrado em 2022, o Brasil se alinhou com os interesses intervencionistas e imperialistas dos Estados Unidos da América e seu braço armado que é a OTAN, além de Israel.

A embaixadora da Síria, Rania Alhaj Ali, recebeu a delegação do PCdoB de forma efusiva e amigável, procurando fazer um retrospecto histórico do que significou este último período de 4 anos para as relações entre os dois países. Foram anos de grandes dificuldades tanto para a Síria quanto para o povo brasileiro.

Os EUA — com sua estratégia de desestabilização de países através das mídias sociais e das guerras híbridas – provocou uma verdadeira guerra civil que eclodiu em 2011, provocando um êxodo de cerca de seis milhões de sírios que se encontram hoje na condição de refugiados em outros países. A atividade imperialista tinha por objetivos ganhar terreno na disputa geopolítica e ao mesmo tempo tomar de assalto recursos energéticos da Síria, como o petróleo. Agentes dos Estados Unidos ainda se encontram em alguns pontos da Síria tentando a divisão do país que resiste bravamente e ultimamente ganham espaço entre os países árabes, retomando sua posição anterior de grande e influente país no Oriente Médio.

A Síria, sob o comando do presidente Bashar Al-Assad e seu Partido Baath souberam dirigir seu povo e conformar alianças amplas para combater a ação imperialista, como a Rússia, o Irã, a China entre outras Nações da Eurásia. Desta maneira a derrota dos invasores serve de lição para todos os povos que vêm seus países sofrerem intervenções como as que ocorreram na Síria.

O Brasil, por sua vez, também enfrentou a extrema-direita bolsonarista, que se apoiava em setores da direita norte-americana ligadas ao ex-presidente Donald Trump, e de forças reacionárias de Israel. A primeira atitude do governo brasileiro, vencida as eleições de 2022, foi voltar ao movimento de fortalecimento do multilateralismo no mundo, em prol da paz e da cooperação entre os povos. Atualmente, existem alguns acordos bilaterais vigentes entre os dois países Brasil e Síria, nas áreas de saúde, agricultura, turismo, esportes e cultura. A comunidade síria estabelecida no Brasil é outro elemento importante da relação entre as duas nações.

Ao final do encontro, Ana Maria colocou o Partido Comunista do Brasil à disposição de contribuir para o enfrentamento das posições refratárias a um posicionamento solidário e cooperativo com a reconstrução da Síria, especialmente no âmbito do Parlamento brasileiro. Aproveitou a ocasião para deixar um livro escrito a quatro mãos pelo ex-presidente Renato Rabelo e pelo membro do Comitê Central do Partido Nílson Araújo sobre o desenvolvimento econômico do Brasil.

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