Primeiro de maio de 2013. Comemoramos mais um dia internacional dos trabalhadores. Não só o comemoramos como temos nesse dia não um feriado qualquer, mas um dia especial de luta e de reflexão sobre os rumos de nosso movimento.
O ano de 2013 coincide com os dez anos de governos democráticos e progressistas em nosso país, inaugurado com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e continuado com a eleição de Dilma Rousseff, em 2010. A reflexão sobre este período é uma das condições para que a política das classes trabalhadoras seja mais eficaz e exitosa. O Brasil de hoje em nada se assemelha com o país deixado por FHC. Se no início de 2003 o índice de desemprego era de 13%, hoje atingimos o patamar de quase pleno emprego, com 5,6%.
O arrocho salarial era uma política de Estado, como parte do combate à inflação. Desde 2003 o aumento real do salário mínimo atingiu em 2013 o índice de 230% (acumulado) — para uma inflação no mesmo período de 98,5%. Direitos sociais foram alargados, entre eles a conquista do salário mínimo para trabalhadores no campo, beneficiando cerca de 20 milhões de pessoas. O direito à luta foi institucionalizado com a legalização das centrais sindicais. O movimento social deixou de ser criminalizado. A democracia e a inclusão social, hoje, são políticas oficiais do Estado e fruto de gerações de trabalhadores que lutaram e tombaram pelo reconhecimento dos mais elementares direitos dos que vivem do trabalho.
Comemoração e reflexão, também, devem ser um ponto no contexto de necessidade de mais mobilizações, mais luta e mais atuação política. O risco de retrocesso nessas conquistas é real diante de um campo conservador que busca se recompor com vistas à campanha presidencial de 2014. O inimigo não deve ser subestimado e sim compreendido de forma que tenhamos total noção de sua força real.
O momento político brasileiro demanda luta renhida, por parte dos trabalhadores, para não apenas garantir a manutenção de conquistas. Mas é preciso haver luta em torno de um projeto de longo alcance em que nossa classe social seja, de fato, a verdadeira protagonista da nação e, como sempre, a indutora de mudanças qualitativas em nossa sociedade.
A manutenção de conquistas e saltos qualitativos são objetos centrais da estratégia do PCdoB sob a construção de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento como um passo adiante no rumo do socialismo, com a cara e o jeito do Brasil.

Viva a luta dos trabalhadores!!!
Acho que de todas as peças no tabuleiro da política, tá faltando aquela que é decisiva: a unidade dos trabalhadores nas ruas do Brasil. E não apenas ‘na rua’, pois tenho visto inúmeras manifestações, greves, atividades cada qual em torno de objetivos muito particulares. Por isso, mais importante ainda são aquelas iniciativas unitárias, em torno de bandeiras mais gerais, amplas. A reforma política, p.ex., mostra bem a falta que faz os trabalhadores unidos envolvidos e pressionando por mais democracia – sim, pois na arena política, ainda existem distorções grotescas em se tratando de representatividade. Como nada disso houve, virou letra morta nas gavetas destinadas aos projetos carimbados com o “ARQUIVADO”.
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