Dilma: “Dizer que o povo não sabe votar porque não fez universidade é uma falácia”


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A largada para a campanha do segundo turno de Dilma aconteceu na tarde desta terça (7), em Brasília, com um encontro entre os governadores e senadores da base aliada que foram eleitos neste final de semana. Dilma cumprimentou e agradeceu aos aliados pela campanha conjunta que fizeram no primeiro turno e fez um balanço, ouvindo opiniões dos presentes sobre a primeira etapa da campanha e sugestões para o segundo turno.

O encontro também teve a participação de candidatos a governador aliados que ainda disputam o 2º turno nos seus estados e do conselho político da coligação Com a Força do Povo, composto por representantes de todos os partidos que a compõem. Assista aqui aos vídeos com os apoios.

‘O BRASIL É UM SÓ’
Em entrevista coletiva após a reunião, Dilma foi perguntada sobre as declarações de Fernando Henrique Cardoso, padrinho político do candidato Aécio. Esta semana, FHC menosprezou a capacidade de decisão de mais de 40% do povo brasileiro. E mais: disse que esses eleitores são habitantes de “grotões” e que pobres não têm discernimento para decidirem seus votos.

“Fico estarrecida quando eu escuto essa história, porque ouvi isso muitas vezes ao longo de minha vida. Na época que diziam que o povo não sabia votar, vocês sabem o que acontecia? Não tinha eleição, não deixavam”, disse, referindo-se ao período da ditadura militar. “Essa história de que o povo não sabe votar porque não se formou numa universidade é uma falácia, uma mentira”.

Dilma ainda disse que, qualquer que seja o governo brasilero, tem como desafio governar simultaneamente para as necessidades dos mais pobres e da classe média. “O Brasil é um só. A visão mais atrasada do mundo é não perceber que cada um dos 202 milhões de brasileiros é importante”.

COMPARAÇÕES
Apoiada por forças estaduais vencedoras em todas as regiões do Brasil, Dilma falou sobre o segundo turno: “Acredito que estamos em uma eleição na qual a maioria dos brasileiros votou querendo manter as conquistas que já atingiram, querendo fazer essas conquistas avançarem, querendo que tudo o que for necessário corrigir, seja corrigido, e reivindicando mais e melhor de todos programas que hoje estão em andamento no país”.

Durante a reunião, Dilma deu o tom da disputa no segundo turno, onde vai prevalecer o debate entre dois projetos para o país já colocados em prática: o do PSDB, com Fernando Henrique Cardoso durante oito anos (1995 – 2002), e o do PT e seus aliados, com Lula e Dilma nos últimos 12 anos (2003 – 2014).

“Nós vamos ter novamente uma disputa de projetos e programas. E nós queremos que esta disputa se dê no mais alto nível, de forma programática, sobre propostas, e cotejando também as realizações que cada um de nós – de um lado os 8 anos do PSDB e de outro lado os nossos 12 anos – imprimiu ao país em termos de grandes mudanças”.

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